sábado, 27 de outubro de 2012

Nossa História


Nossa casa de santo foi inaugurada no dia 31 de outubro de 1992, e está situada na Av. Dr, Sergio Rodrigues Quadra 82 Lote 14 e 15 no município de Belford Roxo, no estado do Rio de Janeiro.

Foi Este Axé Fundado por mim, Antonio José de Oxalá que sigo a linhagem de axé abaixo:

Tudo começou com a chegada ao Brasil da Africana Gaiaku Rosena, vinda de Alladá, no Benim em 1864.
 Esta fundou o Kpodabá, a primeira casa Fon no Rio de Janeiro, que iniciou poucas pessoas. Untinha de Vodunjó era filha de Gaiaku Rosena, que foi herdado por sua filha Mejitó Adelaide São Martinho do Espírito Santo, também conhecida como a Sabidinha, por ter um vasto conhecimento religioso, que transferiu a casa de santo para o bairro Coelho da Rocha. Era iniciada de Vodumjó e iniciou somente cinco pessoas dentre elas a Sra Natalina de Aziri e TGia Glorinha de Aziri. O Kpodabá é a casa matriz, mas deixou ramificações, como o Kwe Sinfá (casa das Águas do destino). O Kwe Sinfá foi fundado em 1952 por Natalina de Oxun. O primeiro endereço foi na Rua Ana 234, em Agostinho Porto, Baixada Fluminense. Em Agostinho Porto , São João de Meriti , Rio de Janeiro que iniciou algumas pessoas, dentre elas podemos destacar o Sr Rui de Olissá (Pai Rui de Osaguian) que foi o primeiro filho de Yá Natalina de Oxun a abrir sua própria roça Atualmente 0 KweSinfá foi reinaugurado em 1995, sob o comando da Helena de bessem, que tem aprofundado a relação da Casa com o culto de Fá.

Fui Feito no Axé Ilê Obá Aganju, por Dna. Antonia da Conceição, mais conhecida como Obá Aganju, ocasião em que minha mãe estava vinculada ao Axé Kwesinfá, de Minha avó Yá Natalina de Oxum.
Recebi meu Oyê das mãos de meu Babalorixá Sergio de Ogum, que foi feito por seu Rui de Oxalá (Babá OmiFunkwe, que também era filho de minha avó natalina, mas não deu continuidade as suas obrigações com ele, e foi para o axé de dona Maria de Lourdes Boana da Silva (Ya Ominibu Kafanhe Foobá), do axé da cacunda de Yayá, filha de Mãe Tança de Nanã, (ejáoci) no axé Kpoeji. Em cachoeira de São Félix, na Bahia.

Esta é a nossa raiz aqui no Brasil, mas também temos nossa raiz africana:


Nimrod ou Lamu foi para as terras Yorubás e fundou um reino na região hoje conhecida como Benin e começou a conquistar todas as nações vizinhas: Dambirá, davince, savalou, Heviosso, e allada, formando um único povo conhecido como os EWE/FON, e tomando como sede principal à família DAVINCE, escravizando todos os reis, rainhas e guerreiros das outras famílias para seu serviço.

Mas dois reinos foram completamente aniquilados escravizados: Os Allada, e os Savalou, que foram vendidos aos portugueses e traficados para o Brasil. 

                 Os Savalou foram trazidos para Bahia, e na cidade de cachoeira de são Felix gaiaku Satu fundou o axé Kpoeji, onde foi feita Mãe Tança, e posteriormente Dna Lourdes (Ominibu).

         Ambos os Axés estão vivos e em atividade, localizados em seus respectivos locais de fundação, e o Kpodabá, aqui no rio se localiza atualmente na Rua Julieta Nr 12 em Piedade, sob a responsabilidade de sua Herdeira, Anató Tokuenu, iniciada por megitó aos dois meses de vida, contando hoje com mais de 60 anos de santo.        O Kwesinfá de minha avó Natalina também continua em funcionamento sob a responsabilidade de Gaiaku Helena de Bessem, filha de Tia Glorinha (Anató Tokuenu).


E então?


Somos o axé Kwe Foobá e temos uma grande responsabilidade perante os nossos Voduns e Orixás, em manter nossa tradição secular de existência e perpetuar nosso axé e culto cada vez mais evitando que se perca ou se permita a invasão de novos hábitos modernizantes que não pertencem a nossa tradição, mantida a custa de muito suor e sangue e perseguição sofrida por nossos antepassados.

Para que esta tradição seja mantida precisamos cumprir determinados papéis e normas que mais uma vez serão descritas, para que possamos ter uma referência de conduta, e para que possamos ser mais responsáveis e conscientes de nossos atos.